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A regra tradicional das cores completas

As cores tem um significado especial na composição dos vitrais religiosos, além de um efeito decorativo. Os melhores vitrais chamam a atenção por causa do uso de variadas cores.

A regra básica é o uso das cores básicas: vermelho, amarelo e azul que representam a Trindade.

Pai (azul)

Filho (amarelo)

Espírito Santo (vermelho)

O uso das três cores juntas representam a presença da trindade em todas as coisas, combinando as três cores em uma só, elas mostram as três naturezas separadas de Deus, contidas em luz branca, a cor de Deus.

O vitralista medieval tentava, sempre que possível, usar graduações de vermelho, amarelo e azul juntas em seus trabalhos, a fim de estimular o olho inteiro.

A regra das cores integradas exige que se incluam nuanças de vermelho, amarelo e azul, mas ao mesmo tempo não exclui o uso de outras cores.

Cor contemporânea

Desenhos modernos têm a tendência de desviar da regra de cores, na superfície inteira de vitrais, preferindo a dar mais atenção a um conjunto menor de cores, algumas combinações de cores para janelas religiosas incluem púrpura e branco, branco e incolor, azul e verde e ouro e branco. Estas combinações podem resultar num ambiente “limpo e puro” de vitrais.

As vezes pode haver uma inclinação para combinar as cores existentes no prédio como parte de um esquema de cores coordenadas.

Uma vez que o vitral, normalmente, tem vida útil mais longa que carpetes e papéis de paredes, o melhor é evitar combinações adotadas de cores, e dar preferência a cores cheias ou neutras que possam complementar qualquer esquema de cores.

 

Capela São Vicente - Campinas - (Artista: Ton Geuer)

Considerações sobre cores

 

Cores que se misturam.

 

Vitralistas tradicionais usam chumbo largo tanto em vitrais pequenos como em vitrais grandes. Esta técnica envolve cada pedaço de vidro com uma linha preta larga, que dá um efeito chamado de “halo” entre as cores vizinhas, este “halo” (ou auréola) é o derramamento e encobrimento de luz projetada, que dá um aspecto tridimensional ao vitral, e uma maior vivacidade de mistura de cores. O uso proporcional é o controle do “halo” pode aumentar muito o impacto de qualquer vitral.

 

Figura: “halo” ou luz misturada.

1- Uma só cor.

2- Sem cor por causa da sombra do chumbo.

3- Fonte de luz.

4- Espessura do painel chumbado.

 

 

A regra tradicional da cor completa

 

A cor completa envolve cores de todos os componentes do espectro, tem um significado especial em vidro colorido religioso, as cores básicas: vermelho, amarelo e azul representam a trindade: Pai (azul), Filho(amarelo) e espírito santo (vermelho). O uso das três cores junta representam a presença da trindade em todas as coisas, combinando as três cores em uma só, elas mostram as três naturezas separadas de Deus, contidas em luz branca, a cor de Deus.

O vitralista medieval tentava, sempre que possível, usar graduações de vermelho, amarelo e azul juntas em seus trabalhos, a fim de estimular o olho inteiro. O uso das cores integrais pode cortar um só desenho em três partes.

A regra das cores integradas exige que se incluam nuanças de vermelho, amarelo e azul, mas ao mesmo tempo não exclui o uso de outras cores. Os melhores vitrais chamam a atenção por causa do uso de variadas cores.

 

Cor contemporânea (modernas)

 

Desenhos modernos têm a tendência de desviar da regra de cores, na superfície inteira de vitrais, preferindo a dar mais atenção a um conjunto menor de cores, algumas combinações de cores para janelas religiosas incluem púrpura e branco, branco e incolor, azul e verde e ouro e branco. Estas combinações podem resultar num ambiente “limpo e puro” de vitrais.

As vezes pode haver uma inclinação para combinar as cores existentes no prédio como parte de um esquema de cores coordenadas.

Uma vez que o vitral, normalmente, tem vida útil mais longa que carpetes e papéis de paredes, o melhor é evitar combinações adotadas de cores, e dar preferência a cores cheias ou neutras que possam complementar qualquer esquema de cores.

comemoração dos 50 anos de empresa

 

www.vtg.com.br

Homenagem à Ton Geuer

O Ton de Campinas

Correio Popular – 23/09/2010


Quando estive na casa de Ton Geuer pela primeira vez, no início dos anos 70 para encomendar um trabalho, achei que ia conhecer um artesão, conheci um grande artista. Eu tinha dezoito anos e Ton Geuer me apresentou a alma do vidro que, capturando e refletindo as cores, conforme a luminosidade do ambiente, as destacava, reduzia ou transformava.

Eram indiscritivelmente lindos os vidros, quase todos importados, bastante caros e, portanto, só encontrados com enorme trabalho e paciência. Os pretos e escuros eram os mais raros e percebi que Ton os utilizava em suas obras com uma delicadeza parcimoniosa que eu aprendi. Minha mãe fez vários cursos com ele e praticava a sua sensibilidade confeccionando lustres, lanternas, vitrais e mosaicos em quadros que às vezes eu desenhava os motivos. Caixas de mosaico, assim como quadros, arandelas e lanternas surgiam em profusão em minha casa materna e eram uma verdadeira paixão de cores, formas e brilhos distintos. E haviam também bijuterias, laços com apliques de vidro, pulseiras de vidros soldados, guirlandas de vidro e enfeites de Natal. Minha mãe foi sua fiel aprendiz. Uma vez, minha mãe chegou dos Estados Unidos com uma mala pesadíssima que não dava para carregar. Ela dizia: “Cuidado, foi difícil de encontrar, de pagar e de passar na alfândega essa mercadoria”. Adivinhem o que havia dentro dela? Uma enorme quantia de vidros coloridos!

O trabalho de Ton Geuer está em toda parte, tendo democrática e mais importante visibilidade nas Igrejas, duas entre as quais frequento. Janelas multicoloridas e vívidas de luz enfeitaram casamentos vespertinos e batismos, entre outras cerimônias tristes e contentes da nossa família. E na antiga casa da minha mãe em Campinas existem nichos e portas de sua autoria; no chalé de minha falecida sogra, em Monte Verde, uma porta Folk por ele assinada que nos recorda dos anos dourados.

Naquela época de aprendiz de vitrais, a casa da mamãe era repleta de pingentes, de pedacinhos de vidro que sobravam dos mosaicos, que sobravam das lanternas, que restavam dos lustres que provinham das sobras de vitrais de portas e janelas.

E, ontem, trinta e poucos anos depois, eu arrumava no meu consultório esses vidros mágicos, suas cores e diversas formas de criar coisas coloridas que uso para descansar da clínica e enfeitar a minha vida, quando notei um pingente com cordão estilo hippie e deu vontade de enfeitá-lo. Ele era simples, verde, quase mero caco de vidro, achei-o despido e, inesperadamente, pintei-o de vermelho nos seus quatro arredondados cantos, e desenhei uma cruz de malta branca bem no centro. Não sei porque eu pintei aquele pingente, não mexia com esse material há muito tempo. Não sei por que o desejo de abstrair um pouco, saindo da correria do meu trabalho de médica, se buscava um pouco do feminino em mim, ou precisava de um instrumento de meditação.

Trouxe o pingente para minha casa e à noite coloquei-o para secar na mesa da cozinha, esticado, bem no centro… E, hoje, quando acordei, na mesa do café da manhã encontrei o pingente em cima do jornal que anunciava na primeira página a morte de Ton Geuer: o mestre dos vitrais.

Quem sou eu para falar a respeito da vida e da obra de Ton? Mas estou aqui para dizer: Obrigada, Ton e família, por terem feito parte da vida da minha família, oferecendo-nos, através das suas obras e ensinamentos diários de alegria e beleza e, reforçando em nós, valores como união familiar e compromisso com o trabalho.

Marisa Corrêa Christensen é médica sanitarista e homeopata

Holandês radicado na cidade desde 1960 teve infecção generalizada.

20/09/2010 – 13:20

Da redação

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O vitralista Ton Geuer morreu, aos 89 anos, às 9h35 da manhã desta segunda-feira, em Campinas. O artista holandês radicado na cidade desde 1960 teve infecção generalizada e estava internado no Centro Médico, no distrito de Barão Geraldo, onde morava.

Ao longo de sua história, Antonius Lambertus Maria Geuer tornou-se um dos vitralistas mais conhecidos e respeitados do país, levando os vitrais e murais para além da decoração de igrejas, o uso mais comum quando se instalou em Campinas nos anos de 1960 – Ton chegou à América em 1938 aos 18 anos, vindo junto com seus pais, que já trabalhavam com vitrais.

Geuer fez dos vitrais obras de arteEm Campinas, seus trabalhos podem ser vistos em igrejas e estabelecimentos como Divino Salvador, Nossa Senhora de Fátima, Santa Isabel, Capela do Liceu, PUC Campinas ou Jockey Club, entre outros.

VITRAL – ARTE E TRADIÇÃO

Viaje com suas mãos através dos séculos, tendo contato com esta arte milenar.

Curso Básico Intensivo de Vitral Artístico

Harmonia e Luz

Com vários trabalhos feitos no país e no exterior, o artista Ton Geuer busca transmitir através de suas obras a poesia e a beleza, em mensagens que valorizam a vida e a arte.

Utilizado para evangelizar os fiéis que não sabiam ler na Idade Média, o vitral nunca perdeu a sua maestria em encantar e a ajudar a oração. Atualizando-se às novas tendências de design e decoração, o vitral se adapta às necessidades do templo, refletindo todo anseio e sonho dos fiéis, que unido à luz natural ou artificial, encanta pela beleza de uma verdadeira obra de arte.

Quando Ton Geuer cria o vitral religioso  está levando a catequese para uma comunidade. Fazendo com que esta mesma comunidade,  participe de sua obra direta ou indiretamente.

A primeira obra que iremos explanar é o da Paróquia de Santa Tereza d’Ávila (Pq Industrial – Campinas / SP) – Elaborado e Entregue em 2009.

Local antes


Vitral artistico - Paróquia Sta Tereza d'Ávila

O tema para ornamentar as janelas deste templo foi a VIA SACRA, o mistério pascal – a descrição dos últimos dias  antes da consolidação do poder divino de Cristo. Mesmo após mais de 2 mil anos, nos dias atuais ainda vivemos este mistério em sua integralidade.

detalhe do vitral de uma das estações Via Sacra

Em função disso, o objetivo do artista em sua exposição dos vitrais é o de retratar esta realidade observando as atitudes das pessoas que perambulam em redor da figura de Cristo: umas aceitando os seus ensinamentos e colocando-os em prática (“Sois minhas testemunhas entre os homens…”); outras, sendo até agressivas com a prédica deste mesmo Cristo pela incompatibilidade com os propósitos pessoais, a não conveniência com suas aspirações (“Quem perder a sua vida por meu nome terá esta vida pela eternidade…”).

A ampla maioria das pessoas é aqui representada como seres que gravitam no limite de cada quadro, que representa a totalidade, ou seja, por si mesmas as pessoas se isolam e se individualizam, sem tomar conhecimento, seja por comodismo ou indiferença, ao chamamento da causa do Redentor.

O pensamento do artista Ton Geuer, nesta obra, é, acima de tudo, apresentar o projeto de uma forma catequética, atual, onde cada pessoa que adentrar o templo, seja por qual motivo for, tenha condição de rever a caminhada de Cristo comparando com a nossa realidade nos dias de hoje.

Paroquia de Santa Tereza d'Ávila - Campinas SP

Vitrais da Paroquia de Santa Tereza d'Ávila - Campinas SP - 2009 http://www.vtg.com.br

Colaboração de texto: Karel Simmelink

Fotos exclusivas de Vitrais Ton Geuer (www.vtg.com.br) – proibido a reprodução dos mesmos sem mencionar sua origem e autoria.

Aliando arte, experiência e talento, o vitralista Ton Geuer (89 anos) leva até as pessoas o verdadeiro vitral artístico, com vidros de variadas cores e texturas, prezando sempre a qualidade da obra – uma mensagem de vida.

Quando Ton Geuer cria o seu vitral abstrato;  talvez uns dos primeiros da América do Sul,  nós temos uma explosão de sentimento.  Ou ao criar o vitral sacro  está levando a catequese para uma comunidade. Fazendo com que esta mesma comunidade,  participe de sua obra direta ou indiretamente.

Nesta perspectiva, a da tradição descritiva,  memorialística e narrativa nada mais eloqüente do que as obras de Ton Geuer.

É a história brasileira, as crenças e as vivências de uma população, os objetivos do cotidiano,  as imagens de seu psiquismo,  organizadas no ficcional artístico.

O artista Ton Geuer de hoje atua no sentido de tornar evidentes os elementos constituintes da alma e os limites da imaginação, ele registra e forma as imagens de seus admiradores.

Através de suas obras, ele espera que mais pessoas passem a admirar e amar a arte dos vitrais, cujas realizações transformam a luz e a cor dos espaços interiores em lugares para recrear os sentimentos e o espírito.

É importante lembrar que o principal instrumento de trabalho do vitralista consiste nas suas mãos capazes de transformar os vidros numa idéia, num projeto…num sonho!

Nas próximas postagens estarei dedicando na  explicação do objetivo de muitas de suas obras, preservando a arte de evangelizar ou simplesmente embelezando o projeto arquitetônico com a maestria de sua arte,  de sua experiência e de seu talento.

Ton Geuer em seu atelier

colaboração de texto:  Claudia B.L. Laborne

VITRAL – ARTE E TRADIÇÃO

Viaje com suas mãos através dos séculos, tendo contato com esta arte milenar.

VITRAL

É uma composição artística, cujo material usado são os vidros transparentes, coloridos, lisos ou com texturas, montados interligando perfis de chumbo e soldados com estanho.

SUAS APLICAÇÕES

Pode ser aplicado em vários ambientes inserido em portas, janelas, vãos, tetos, clarabóias, ou assumir formas de objetos, luminárias, caixas, espelhos e outros objetos decorativos.  As peças possuem valor agregado devido ao forte caráter artístico e uma produção artesanal.

CURSO INTENSIVO BÁSICO

No curso intensivo básico, o aluno aprende a técnica tradicional ( com vidros coloridos e chumbo) e produz uma peça de vitral plana que pode se transformar em um móbile de 20 X 20 cm

PÚBLICO ALVO

Arquitetos e decoradores, amantes desta arte e  pessoas que queiram aprender como hobby ou como uma forma terapeutica . Não tem limite de idade, depende basicamente do interesse e aptidão.

METODOLOGIA

Primeiramente  é feita uma breve explanação da história do vitral e  exposição da técnica com explicações e demonstrações das possibilidades de aplicação do vitral e por último a prática incluindo corte, montagem, soldagem, acabamento, enfim,  todos os procedimentos necessários para a obtenção da peça artísticas e artesanal.

As aulas são em grupo de até seis pessoas ou individuais.

MATERIAL

Todo material necessário para a montagem de uma peça 20×20 é fornecido pelo curso. As ferramentas são de uso mútuo para o curso.

Com o curso, o aluno terá  noção e participação em todas as etapas do vitral na técnica tradicional. Vale lembrar, que não é em um primeiro projeto, que a pessoa terá a noção de suas habilidades, é necessário praticar principalmente o corte de vidro.

Atualmente  é oferecido no último sábado de cada mês das 9:00 às 17:00 hrs.

Programa:

# Teoria: Apresentar a história desta arte milenar

# Ensinar a Técnica básica do processo do vitral

# Prática:  Você fará uma peça (20x20cm)

# Incluso:  Apostila / certificado / material

FACILITADORA

TINEKE GEUER ARGUETA

Artista Plástica, vitralista e mosaicista, ministra seus cursos no atelier desde 1996. Trabalha há mais de 30 anos com seu pai Ton Geuer em projetos e elaboração de peças artesanais na técnica de vitral, mosaico e fusing. Especialista em restauração de vitrais antigos.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

Mari Geuer – 19 33246904 (mari.geuer@gmail.com)

Local:  Rua João Burato, 32 – Barão Geraldo – Campinas/SP

PROXIMA DATA

ver Curso 2012

Reportagem SBT

Assistam!

Obra prima dos vitrais do artista Ton Geuer